Reportagens

 

 

Pesquisadores informam graves ocorrências causadas pelas  algas tóxicas no Brasil.

Da redação: Revista Veja - 10/2007 .

 

A respeito da reportagem "O avanço das algas tóxicas" (3 de outubro), que tratou da poluição das águas, das doenças e da morte de animais provocadas pelas algas tóxicas, o doutor Luis Antonio de Oliveira Proença, presidente da Sociedade Brasileira de Ficologia, lembra que o problema também é grave entre nós.

1) a interdição da venda e do consumo de mexilhões em Santa Catarina (janeiro/fevereiro - julho/agosto), tida como a maior crise da maricultura do estado e que afetou milhares de pessoas, entre maricultores, empresários e consumidores;
2) o fechamento de praias no Rio de Janeiro (fevereiro);
3) e a mortandade de peixes na região do Recôncavo Baiano (março), afetando mais de 30.000 pescadores.

Danilo Camargo Santos, do Laboratório de Taxonomia e Ecologia de Algas Continentais da Universidade Federal do Espírito Santo, cita outro caso: a morte de 52 pessoas em 1996 numa clínica de hemodiálise na cidade de Caruaru, causada por toxinas produzidas por algas

 

 

 

Análise mostra que algas cianofíceas não preocupam

 

 

 

 

A importância da análise da água em relação às algas cianofíceas (ou algas azuis, ou ainda cianobactérias), se dá pela liberação de toxinas na água após sua morte celular, prejudicando a portabilidade da água.

Devido à crescente contaminação de rios e lagoas por despejos industriais, hospitalares, agrícolas e domésticos nos quais se encontra grande quantidade de nutrientes, entre elas Fósforo e Nitrogênio, associados à matéria orgânica, os quais são elementos essenciais ao crescimento e desenvolvimento destas algas, tem-se um crescimento em massa dessas algas.

 

 

 

Esta contaminação, ou seja, crescimento exagerado de algas pode gerar sérios problemas para as estações de tratamento de água, como por exemplo, entupimento dos filtros (causado principalmente por algas filamentosas), muitas vezes sendo necessária a adição de outros produtos para o tratamento, como carvão ativado em pó, tornando caro seu tratamento ou até mesmo inviabilizando, neste último caso, em situações onde o crescimento de algas atinge um número maior que 20.000 células/mL, com riscos potenciais à saúde para população.

Em cumprimento à Portaria nº 518, de 25 de março de 2004 / Ministério da Saúde, o Laboratório Central do SAMAE realiza uma (01) Análise Mensal da Água Bruta nas quatro estações de tratamento (ETA I, ETA II, ETA III e ETA IV), pois o número de células de algas não ultrapassa 10.000 células/mL.

 

No ano de 2005, foi encontrada na água bruta, uma média de 15 células/mL de algas cianofíceas, nas quatro estações de tratamento de água, sendo que esta quantidade não é preocupante ao tratamento e portabilidade. Sendo que os mananciais que abastecem as quatro estações de água da cidade, possuem autodepuração, gerando grande quantidade de oxigênio e impedindo o desenvolvimento exagerado destas algas.

 

Além deste controle, é realizada uma análise da toxina, semestralmente, em laboratório especializado, na água de saída da estação-água tratada, sendo que o resultado se encontrou dentro dos padrões permitidos pela referente Portaria. 

 

 

 

 

 

 

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